quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sob Pressão.

Olá! o post de hoje vai pra maioria (se não todos) os vestibulandos!
Eu sei sei mesmo o quanto existe pressão, tanto para quem tá no 3o ano, pra quem tá no cursinho, pra quem largou de uma faculdade e decidiu fazer outro curso, a pressão vem de maneiras diferentes, mas ela é um peso constante e infiltrado em todos nós.

Não só pressão da família, dos amigos, dos professores, namorado (a) ou qualquer outra pessoa, a mais importante, e a maior de todas é sempre a pressão pessoal, porque nela, você além de se sentir pressionado pelo mundo, se sente pressionado por si próprio.. Aquela sede de mostrar pra todo mundo que é capaz, e ao mesmo tempo o medo de não ser.

Temos sim que analisar nossas qualidades e defeitos, isso é parte do crescimento pessoal e também ser realista quanto ás nossas aptidões naturais.
- É simples não adianta uma pessoa que não consegue ver sangue querer ser médico, ou um mega crânio da física querer ensinar filosofia. É anti-natural, não é impossivel, nada é; algumas pessoas tem aptidão pra tudo, mas saber reconhecer o melhor de você, é uma coisa importantíssima! - Porém mais importante que reconhecer-nos como somos, é reconhecer que somos algo, que somos capazes e que apesar de ser difícil e de muitas vezes nos perdemos ao longo do caminho, todo túnel tem um final, e que iremos alcança-lo;

Como experiencia própria (e depoimento também) já achei que queria ser muitas coisas na vida, a primeira delas quando criança era ser professora ou cantora, mas como os dons vocais não vieram comigo, cresci querendo ser professora, talvez porque meus professores me encantassem, e como é magico o aprendizado, sempre sempre gostei de estudar, sempre! Mas depois percebi que eu era péssima pra algumas coisas e me irritava se não conseguia aprender (aí entram as aptidoes naturais) não adianta, entender uma equação de terceiro grau de cabeça ou um balanceamento quimico não é comigo, e eu aceitei isso, aprendi o possível mas não me frustrava por não saber tudo, eu entendi e aceitei que não é o meu natural, óbvio que eu me esforcei mais nestas materias, mas por maior que fosse o esforço, não era uma coisa fácil para mim, assim como aprender história, filosofia debater sobre ditaduras ou sobre religião e arte sempre foram pra mim. 
No meio de tudo isso, decidi que queria ser advogada no 1o colegial, todos me apoiaram, depois de ver e compreender mais sobre a injustica humana, eu desisti, simplesmente pelo fato de que eu nunca conseguiria julgar e prender alguem que roubou por não ter o que comer.
Me disseram então para tentar medicina, como eu não tinha restrições nenhuma (alem do fato de se matar de estudar) pensei em prestar o curso, desisti, simplesmente pelo fato de não conseguir conviver com o fato de poder tirar a vida de alguem, é a profissão mais bonita e arriscada do mundo, mas não era pra mim.
Decidi no 3o ano lá pelo finalzinho depois de ler um livro de economia, que queria ser economista, pra estudar a bolsa, pra entender toda a macro e micro economia dos países e entender todo esse mundo.. Passei na UFRRJ fui, e por razões da vida (mamae) tive que voltar, fiz meio ano de cursinho super perdida sem saber o que queria, e odiando, sem estudar um pingo durante o semestre, prestei todos os vestibulares despreparadíssima. Quando não passei por 4 pessoas na minha frente em economia na UFSCAR queria morrer, matar todo mundo e etc, mas eu realmente não merecia estar ali, eu não tinha batalhado nada, e a maior razão de todas, eu acredito: Não era pra ser, não era. 
As coisas por mais que vocês não acreditem, sempre tem um por que. 

Como por exemplo, eu ter de voltar do Rio pra fazer cursinho, que eu odiei (sério gente foi horrivel) mas que eu fiz ótimos amigos, e ganhei em experiencia pessoal, fiz uma amiga  ( e em breve minha roommate) e que sempre me apoiou demais, e ela passou na UTFPR em curitiba e foi morar lá no começo deste ano. Depois de muito desespero pra estudar, eis que surge o Sisu de meio de ano, e eu decidi prestar lá, como não tinha economia, decidi Comunicação Organizacional, e no ultimo dia! Quando passei, foi a melhor sensação do mundo, porque minha mãe tava feliz por eu poder morar com a minha amiga, eu estava feliz por achar um curso que era a minha cara no final das contas e que tudo aconteceu inesperadamente! Por isso eu digo, as coisas acontecem quando tem de acontecer, e por mais que o desespero bata, e que tudo pareca fora de lugar, uma hora tudo se encaixa, são pontos que se ligam, e no final tudo faz o maior sentido! 

O processo é doloroso, as vezes tudo parece desconexo, mas pode ter certeza, que no final, tudo tudo vai valer a pena, cada noite mal dormida, cada desespero de prova, cada barrinha de cereal e caneta azul ou preta com o tubo transparente, cada olhada no relógio, cada redação, cada exercicío de matriz (que quase nunca cai,mas a unesp sempre põe um) e cada conferida de gabarito! Tudo tudo vale a pena, é cansativo sim! é demais, mas tudo compensa, e isso eu posso garantir, pode não ser do jeito que você espera que seja, como foi no meu caso, mas tudo acontece, e as coisas fluem. Então sem neuras, estude no seu ritmo, e o mais importante: Acredite em você! 
Boa sorte pessoal!