quinta-feira, 16 de maio de 2013

Literatura! Viagens na minha terra - Almeida Garret


Resumo: Viagens na Minha Terra, Almeida Garret.  (1846)
 

“Viagens na Minha Terra”, pode ser considerado um romance contemporâneo. Um livro difícil de enquadrar em género literário, pelo hibridismo que apresenta, além da viagem que de fato acontece ( narrada do primeiro ao décimo capítulo),  paralelamente o autor conta um romance sentimental.

O conteúdo da obra, parte de um fato real, uma viagem que Garrett fez a Santarém e que teve o cuidado de situar no tempo. Além da viagem real, Garrett, faz nas suas divagações, várias viagens paralelas. Tantas e tais viagens, que numa delas o leva justamente, e pela mão de um companheiro de itinerário, a centrar-se no drama sentimental de Carlos e “ a menina dos rouxinóis”- Joaninha.

O Romance resume-se  na intricada história, de uma velhinha com sua neta Joaninha. A menina –moça, tem um primo, filho da única filha da avó, que já falecera. A moça tinha por si só a avó. Todas as semanas, Frei Dinis, vinha visitá-las, e algumas vezes trazia notícias de Carlos, que já algum tempo, fazia parte do séquito de D. Pedro.

Só que a maneira como Frei Dinis falava de Carlos, dava para  perceber algo, que só a idosa e Frei Dinis conheciam. Passara o ano de 1830, Carlos formara-se em Coimbra, e só então visitou a família, mas com muitas reticências em relação a avó e Frei Dinis. Carlos também pressentia que ele e a avó mantinham um segredo.
Carlos, nas suas andanças pela Inglaterra, já tinha eleito uma fidalga  para ele: D. Georgina, mulher de fino trato.

No entanto, a guerra civil progredia;  eram meados de 1833. Os Constitucionalistas tinham tomado a Esquadra de D. Miguel, Lisboa estava em poder deles, e Carlos era um dos guerreiros da parte Realista.

Em 11 de Outubro, os soldados estão todos por volta de Lisboa, as tropas constitucionais vinham ao encalço das Realistas e,  na batalha sangrenta, muitos ficaram feridos.
A região em torno da casa de Joaninha foi tomada por soldados Realistas, que vigiavam a passagem dos Constitucionais.

Numa das andanças de Joaninha, por perto de casa, encontra Carlos. Ele pede que não diga que ali está, mas abraçam-se e trocam juras de amor ali mesmo. Só que Carlos sabia que Georgina o esperava, e a sua mente tornou-se confusa, já não sabia se amava Georgina.

Certo dia, Carlos, depois de muita insistência de Joaninha, foi ver a avó, e ficou surpreso da cegueira da mesma. Por lá encontrou Frei Dinis, e quanto mais o olhava , menos gosto tinha.
Enquanto permaneceu por perto, Carlos e Joaninha mantiveram um  romance inocente, até que ele é ferido em combate e levado a um hospital.

 Carlos, já refeito dos ferimentos, em um hospital, revolta-se com a presença de Frei Dinis, ao que Georgina, que veio lhe visitar, conta que ele estava a salvo por interferência do frei. Carlos tem ímpetos de ferir o religioso, com ódio gratuito. Então, Dona Francisca entra no quarto e  conta que o Frei Dinis é pai de Carlos; e para se defender, de uma emboscada, Dinis mata o pai de Joaninha, e o marido da sua amante. Diz que sua mãe morrera de desgosto. E Dinis entrara para a vida religiosa como autopunição.

Com isso Carlos parte, deixando Joaninha desolada. Volta a viver com Georgina. Escreve à prima contando todo o seu romance com Georgina, e com outra duas namoradas:Júlia e Laura; o que para a moça foi um impacto terrível. Mais Tarde Carlos se fez Barão. Também abandona Georgina , que vira Abadessa.Joaninha, enlouqueceu e morreu. Frei Dinis foi quem cuidou da velha senhora até a morte.


Resumo da Crônica de Santa Iria (Santa Irene – Santarém)

Segundo o romance popular: freira de um convento beneditino. Apaixonou-se por ela Britaldo, filho do conde Castinaldo. Ele caiu enfermo e ela o consolou como mulher e ralhou como santa. Ele sarou.
Remígio, diretor do convento apaixona-se por Irene e tenta seduzi-la. Ela resiste  e o frade lhe dá uma bebida diabólica, que faz seu ventre crescer, como se estivesse grávida. Ela vai ao rio Nabão rezar e um empregado de Britaldo a mata , jogando o corpo no rio.
Misteriosamente, um sepulcro de alabastro e envolveu e as águas cobriram tudo.
Seis séculos depois, a fervorosa rainha Santa Isabel, mulher de D. Dinis, rezou no local para ver a santa. As águas descobriram o túmulo, mas ninguém conseguiu abri-lo.
O rei mandou construir um padrão, no meio do rio, local onde aparecera a sepultura,  em homenagem à santa. As águas cobriram tudo e o padrão ficou sobressaindo por cima delas.
Passaram-se mais três séculos e meio e em 1644, a câmara de Santarém mandou fazer um pedestal e pôs em cima a imagem da santa.
Assim o viu o narrador e, Julho de 1843. O rio tinha-se retirado para um cantinho do leito e o padrão estava seco, como fica todo ano, até começarem as cheias.  (cap. 30)

Resumo da Cantiga de Santa Iria

“A santa está em casa de seus pais: um cavaleiro desconhecido, a quem dão pousada uma noite, levanta-se por horas mortas, rouba a inocente donzela, foge a todo o correr de seu cavalo e, chegando a um descampado dali muito longe, pretende fazer-lhe violência... A santa resiste, ele mata-a. Daí a anos passa por aí o indigno cavaleiro,vê uma linda ermida levantada no próprio sítio onde cometeu o crime, pergunta de que santa é, dizem-lhe que é de Santa Iria. Ele cai de joelhos a pedir perdão à santa, que lhe lança em rosto o seu pecado e o amaldiçoa.” (p. 106)



Ficha de Leitura – Viagens na Minha  Terra

Gênero, Estrutura do Enredo

·         Romance Digressivo -  49 capítulos
·         Capítulos 01 ao 9 : Digressões de Viagens – os marinheiros e os ilhéus; os frades e os barões; a geografia antiga e nova – os pinhais de Santarém; arquitetura antiga e moderna (após terremoto e reconstrução Marquês de Pombal); a política monarquista e liberal.
- Capítulos 10 ao 46: a História de amor: Joaninha / Carlos/ Georgina  e mais digressões ( As Histórias de Santa Iria e a História de Portugal no contexto da revolução civil entre D. Pedro e D. Miguel)



Personagens :

Joaninha: menina de 16 anos, responsável pelos cuidados com a avó cega, D. Francisca, apaixonada pelo primo Carlos, revela seu amor quando ele volta da Inglaterra, não suporta o fato de ser abandonada pelo primo e acaba enlouquecendo e morrendo.

Georgina: moça inglesa de fino trato, apaixonada por Carlos, vem a  sua procura em Portugal ; generosa, possui o perfil da heroína romântica, abre mão do amor de Carlos ao saber que ele tem sua prima Joaninha como amor de infância, vai para o convento

Carlos: jovem, um pouco mais velho que Joaninha, de caráter temperamental, revolta-se contra a avó, que julga esconder o passado da família com a cumplicidade de frei Diniz, é criado pela avó e, quando se torna adulto, resolve deixar Santarém e viaja para a Inglaterra, onde conhece Georgina. Ao saber da Guerra Civil em Portugal, alista-se nas tropas dos liberais de D. Pedro . Considera-se um aleijão moral, por não conseguir se apaixonar apenas por uma mulher. Dividido entre o amor de Joaninha e Georgina, não fica com nenhuma das duas e vai embora para Lisboa, onde virá a ser deputado.

Secundários:

D. Francisca e Frei Diniz : a avó de Carlos e Joaninha, é cúmplice de Frei Diniz, que matou o marido da amante, mãe de Carlos e o pai de Joaninha, em uma emboscada. Sofre pelo abandono do neto, com idade avançada e os problemas emocionais, acaba se tornando cega. É quem revela a história da família  ao neto; mas, mesmo assim não obtém o seu  perdão, por ter-se submetido à ajuda de um criminoso. Símbolo das mulheres desamparadas que não têm saída para sustentar a família, por isso se submete à ajuda daquele que matara seu genro e seu filho.

Narrador: em terceira pessoa, observador,  na história de amor, uma vez que conta a história que ouviu de um companheiro de viagem;
Narrador em primeira pessoa,  durante os dez primeiros capítulos. Tem como objetivo, em suas digressões de viagem (Lisboa a Santarém)  fazer um estudo crítico de Portugal, modificado pela cultura materialista dos novos barões e também  alterado com mau gosto em seus monumentos e construções reformados , seja após o terremoto do século XVIII, pela mão do Marquês de Pombal, ou pelo período de regeneração pós Revolução Civil .

Tempo e Espaço:  a história de amor se passa em Santarém, interior de Portugal, durante o período da Guerra Civil ( D. Pedro contra D. Miguel - entre 1831 e 1833) e a narrativa da viagem se dá em 1843, durante a viagem do autor, de Lisboa a Santarém.

Características românticas: engajamento histórico (fatos da História de Portugal  durante o século XIX), exagero sentimental ; final trágico,  com o enlouquecimento e a morte de Joaninha  e a ida de Georgina para o convento.



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quimica!

Eu sei que só posto humanas,mas a dica de hoje sobre Química é muito legal! e olha que o elogio veio de uma pessoa que ODEIA quimica! hahaha.
Então gente, essa tabela periódica é a mais completa, mais linda, colorida, legal e tudo! Vi no Vestibular Da Depressão.... e aqui tá o link dela! --- Tabela Periódica! 


Enem 2013!

ENEM!!!!!! 
Sim meus caros, não é piada, segunda-feira agora, dia 13/05, já serão abertas as inscrições para o Enem 2013! O preço da inscrição continua o mesmo 35,00 reais.
E você aí achando que tinha muito tempo, pois é, a noticia que saiu ontem, acabou com essa perspectiva! Então bora intensificar os estudos??
As provas serão dia 26 e 27 de outubro, e o cronograma completo, segue abaixo.


E pra quem não sabe o que é o Enem vai lá:
Exame Nacional do Ensino Médio  recentemente adotado para ingresso de várias faculdades federais, este também é utilizado para tirar o certificado de conclusão do ensino médio.

Pra dar uma ajudazinha, vou anexar alguns links neste post de provas passadas do enem, e seus gabaritos, pra quem quiser ir treinando até lá... 

2- Enem 2012


Literatura! Memórias de Um Sargento de Milícias


Memórias de Um Sargento de Milícias Manuel  A . de Almeida.


I- Enredo
Leonardo, herói das memórias, nasceu de um romance sui generis. Leonardo Pataca, seu pai, e Maria da Hortaliça, quitandeira das Praças  de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitona. Conheceram-se num navio e após algumas pisadelas e beliscões foram morar juntos. Transcorridos sete meses, teve Maria um filho, formidável menino de quase três palmos de comprimento, gordo, vermelho, cabeludo, esperneador e chorão. Era Leonardo.
Traquinas, Leonardo foi abandonado pelo pai, aos sete anos, após a fuga de Maria da Hortaliça, para Portugal, com o capitão de um navio – seu novo amante. Com um pontapé, o pai – que na época desempenhava a função de meirinho (oficial de justiça), manda-o fora de casa. Leonardo, então, é recolhido pelo padrinho, o barbeiro vizinho. Mas suas estrepolias não cessaram, fato que causou sérias desavenças entre a madrinha de Leonardo, a vizinha e parteira, e o padrinho, já que este último fazia vistas grossas às travessuras do afilhado.
O barbeiro ensinou-lhe, com muito custo, as primeiras letras, pois tencionava fazê-lo clérigo. Na escola, suas artimanhas se intensificaram. Passados dois anos, Leonardo abandonou  a  escola e ingressou, como coroinha, na Igreja, pois via ali lugar adequado para melhor prepará-lo. Mas teve lá estadia breve: o padre enxotou-o, tantas foram as desordens que provocou.
Neste ritmo, Leonardo cresceu, sem, entretanto, dar para nada do que o padrinho pretendia fazer dele. Tornou-se um vadio. Já moço, andava às tontas, sem Ter qualquer preocupação. Sua primeira paixão foi despertada por Luisinha, sobrinha de d. Maria, senhora rica que tinha por hábito discutir questões jurídicas. Mas Luisinha  logo ficou comprometida com José Manuel, um espertalhão à procura de dotes,.
O padrinho de Leonardo morre. Ao saber dos bens herdados pelo filho, Leonardo Pataca, que após amores mal sucedidos com uma cigana passou a viver com Chiquinha, a sobrinha da comadre, aparece para tomar conta do filho. Leonardo revive, então, o episódio da infância: é expulso pelo pai após uma série de desentendimentos com Chiquinha.
Andando sem rumo, encontra um grupo de jovens. No meio deles, reconhece um antigo companheiro de traquinagens. Tomás da Sé, que havia sido, junto com ele, coroinha. É convidado para hospedar-se numa espécie de cortiço, onde conhece Vidinha, mulata de cerca de 20 anos, por quem se apaixona.
Após algum tempo, Leonardo é preso por vadiagem pelo Major Vidigal. Mas consegue fugir antes de chegar à cadeia. Para livrá-lo  das perseguições de Vidigal, a madrinha lhe arranja um emprego na despensa real  .Mas o rapaz mete-se em encrencas ao tentar conquistar a esposa de um companheiro de trabalho. Então é despedido.
Novamente preso, desta vez não foge. Torna-se soldado e passa a auxiliar diretamente o Major Vidigal, nas batidas policiais. Numa dessas diligências, é incumbido de prender um bicheiro, Teotônio. No entanto, ao contrário do que lhe havia sido ordenado, Leonardo auxilia a fuga do bicheiro, indo novamente preso.
A madrinha, sabendo da prisão do afilhado, procura uma ex- amante do major, Maria Regalada, para que esta interceda em favor do relaxamento da prisão de Leonardo, que não só é libertado, como é promovido ao cargo de Sargento de Milícias.
Leonardo volta a encontrar Luisinha, que ficara viúva. Casam-se e Leonardo recebe uma carta do pai, na qual o chamava para entregar o que lhe deixara o padrinho, fortuna que o barbeiro arranjara roubando de um capitão moribundo de um navio, e que se achava religiosamente intacta. 





FICHA DE LEITURA

Narrador:
Em terceira pessoa; trata-se de um narrador observador, que interfere, brinca ironiza as situações vividas pelos personagens. Os costumes e as práticas da época não escapam ao seu juízo crítico e gozador. Não raras vezes opina a respeito do que conta com indisfarçável  tom de deboche.
Dirige-se ao leitor para pedir-lhe a cumplicidade, saltando da terceira pessoa para a primeira do plural, em nome da manutenção do interesse pela obra.

Personagens:
Fugindo dos tradicionais textos do Romantismo, o autor nos apresenta personagens que não são nem proprietários nem escravos, mas pouco considerados em sua representatividade social. À medida que lutam pela sobrevivência, os personagens agem de acordo com a necessidade, transitando livremente entre o bem e  o mal, sem moralismos ou escrúpulos, uma vez que suas virtudes compensam seus pecados. É o que se verifica, por exemplo, no comportamento  do barbeiro, padrinho de Leonardo, cuja fortuna mal adquirida depois o reabilita À medida que é utilizada nobremente, para  garantir o futuro do afilhado.
Além da lei das compensações, gerada pela necessidade da sobrevivência, há ainda outra característica interessante do comportamento desta classe social, a que o crítico Roberto Schwarz chama de política do favor , da qual parece nascer o famoso jeitinho brasileiro, em que uma mão lava a outra. O compadre, assim, ajuda Leonardinho, sendo ajudado pela comadre nesta função. A comadre, por sua vez, pede ajuda a D. Maria, e esta a Maria Regalada, para salvar Leonardinho das mãos do Major Vidigal, que pela sedução da ex- amante, é atraído ao universo da desordem.
Então o ‘uma mão lava a outra’, e o “jeitinho brasileiro da ‘política do favor” somando-se à amoralidade, constituem  não só os traços que diferenciam a nossa classe popular, com  também em sentido mais amplo, caracterizam uma especificidade da cultura brasileira, que posteriormente será desvendada por Machado de Assis.
Leonardinho:
primeiro anti- herói  dos romances brasileiros, Fruto de um beliscão e uma pisadela, não vem de uma linhagem nobre e nem sequer a narativa lhe apresenta o sorenome. Considerado “herói malandro” ou “pícaro”, um vagabundo contumaz que vive às custas do padrinho; sem um emprego definido , fugindo das perseguições do major Vidigal e vivenciando alguns envolvimentos amorosos. Encarna o tipo do amalndro amoral que vive o presente, sem qualquer preocupação com o futuro.


      Tempo e espaço :

“Era o tempo do rei.” A narrativa se desenrola durante o período em que D. João VI esteve no Brasil. Distanciando-se no tempo, ganha qa dimensão de crônica ou livro de memórias de um passado não muito remoto em relação ao tempo do narrador. Nesse confronto entre o pasado e o presente da narração, há um tom nostálgico, através do qual se percebe a valorização do que já passou. MAs o passado não é visto com a idealização romântica, e sim com as minúcias dos aspectos documentais da obra, ligados à estética realista.
Vivida no Rio de Janeiro, a história recria o espaço urbano carioca do tempo do rei e povoa suas ruas de festas, procissões e comportamentos populares que descambam para  a desordem(como por exemplo xeretar , através das janelas, ao casa alheia), sendo os fatos narrados com bom humor e veia crítica, por isso denominado “Romance de Carnavalização dos costumes”.

Linguagem :
Estilo coloquial, direto resgatando com fidelidade o português popular da época, traço que o distingue mais uma vez dos romances tradicionais em estilo pomposo.
A oralidade, a coloquialidade, o tom de crônica jornalística, aproximam a linguagem desta obra  da literatura Modernista, segundo a qual  a linguagem literária deveria reproduzir a oralidade.

Estilo:
A tradição a que parece ligarem-se mais adequadamente as Memórias é a romântica: tendência ao pessoal, à vida íntima do protagonista, suas experiências sentimentais, evocação da história de uma época ( “era o tempo do rei”), história de happy end. No entanto, há características que distanciam a obra do Romantismo tradicional: classes de baixa renda, protagonista anti-herói, cenas reais, não idealizadas, não há o maniqueísmo romântico ( bem x mal) , sentimentalismo substituído por humorismo, estilo oral e descontraído.


“ Vale a pena Ler de novo”:
Capítulo 3:  carnavalização dos costumes  /  Capítulo 9: o livre passeio entre a moralidade e a imoralidade   /  capítulo 11: inclusão do leitor na narrativa   / capítulo 15: a oralidade, os diálogos   /   capítulo 18: Luisinha,  anti-heroína romântica.